quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mudanças...

Fecho a porta com o pé e pouso as ultimas caixas ali mesmo na entrada.
Finalmente em casa!
Deixo-me cair para cima do cobertor que está a fazer de sofá enquanto, o dito não chega com o resto da mobilia que não cabia dentro do meu carro. Olho em volta... A casa está um caos. Não tem moveis, tem caixotes espalhados por todo o lado (incluindo os que acabei de juntar à confusão), as paredes estão despidas de vida, mas nunca a expressão "finalmente em casa" fez tanto sentido como agora.
((((Trimmmmmmmmmmmmm))))
Quem é que vem interromper o descanso ( fisico e mental)? O camião das mudanças só vem amanha, ainda não dei a nova morada a ninguém, e os visinhos não devem fazer visitas de boas vindas. Deixa tocar. Afinal ainda não posso dizer que vivo aqui, até posso nem estar em casa.
((((Trimmmmmmmmmmmmmm))))
Chatos...
Levento-me. 1º para ir ver quem é, depois logo vejo se me apetece abrir.
Tu? Com uma garrafa numa mão e dois copos na outra.
Não sei se me apetece abrir. Acho que vou fingir que não estou. Estou em fase de mudanças, e essas mudanças não são só em relação à casa, são também comigo mesma e por isso estou tentada a mudar também o nosso relacionamento.
((((Trimmmmmmmmmmmmmm))))- Sei que estás ai. Além disso tens o carro mesmo à porta.
-Ok, ok!!! E abri a porta. -Entra!
-Parabéns pela casa nova!!! E vens para me beijar. Mas deparaste com a minha bochecha. - Hummm??? Que se passa?
-Desculpa, estou cansada, e não acho que seja a companhia que está à espera.
-Antes pelo contrário! Acho mesmo que está a precisar de uma animação.- E entras por ai dentro, sentaste no sofá improvisado, indicas-me o lugar ao teu lado, abres o vinho e serves-nos.
Começamos a conversar e o meu cansaço começa a esfumasse (pelo menos da minha cabeça). Vens para me beijar novamente e novamente a bochecha.
-Achava que já estavas a melhorar do cansaço?
-Pois, e estou, obrigada. Mas não estou a mudar só de casa. Estou a mudar mais do que isso. Estou a mudar-me a mim mesma. Espero gostes do meu novo eu. É que ao meu novo eu os beijinhos são na bochecha.
Olhas para mim com aquele teu olhar sedutor. -Hum... Vamos discutir essa mudança. Afinal temos tempo e a garrafa ainda está no inicio.
Conversamos e conversamos, e quando mais conversamos mais para perto de mim te chegas, mais a garrafa vai ficando vazia, mais doce se torna a tua voz e mais fraca a minha vontade de te resistir. Sussurras-me ao ouvido o quando gostas do meu velho eu e beijas-me o pescoço.
-Pááára...- imploro eu num fio de voz - sem ajuda fica difícil fazer mudanças.
-Mas eu estou aqui para te ajudar nas mudanças. ( colocas o teu sorriso malandro) Estava a pensar começar por te ajudar a descontrair o corpo.- E novamente no meu ouvido: " e que corpo".
Respiro fundo. - assim fica mesmo difícil de resistir. Quero dizer, mudar. Vês? Não estás a ajudar.
-Relaxa! Eu estou aqui para ajudar.- e em sussurro: -Prometo.- Vens até junto de mim, sentas-te atrás de mim, afastas a meu cabelo e começas a massajar os meus ombros e pescoço, continuado a falar muito doce comigo, a tua respiração no meu pescoço começa a arrepiar-me, tu sentes isso e vens sussurrar ainda mais perto, e ainda mais arrepiada fico.
-Pááára...- volto a implorar mas ainda com menos convicção que à pouco. Virando a cabeça de repente para te olhar de frente, mas tu não me deixas dizer mais nada a beijas-me ardentemente.
Viro-me completamente, encaixando em ti. Esqueço tudo. Entrego-me aos teus beijos. Tuas mão sobem pelo meu tronco, passam de raspão pelos meus seios e continuam fazendo desaparecer a minha camisola. Entre beijos e caricias as nossas roupas vão sendo tiradas uma a uma, sem pressas mas com vontade, muita vontade... E assim mesmo sem pressas, sem roupas e com muita vontade ali continuamos deitados a observar, a acariciar, a beijar o corpo um do outro. Fundimos-nos num só.
Nossas caricias, nossos beijos, nossos movimentos ritmados, enérgicos e cúmplices, levam-nos ao limite do prazer.
Mantens-me bem junto de ti ficando em silencio durante um bom período de tempo. Depois dizes-me baixinho: - Em termos de mudanças, que dizes de, por enquanto, ficarmos só pela mudança de casa, de moveis e de decoração?

;)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Manhã de domingo...

Acho que esta semana percebi porque é que ao sábado não dá nada de interessante na televisão, mesmo que tenhamos o maior pacote possível de canais. É uma conspiração da industria da noite para nos fazer sair de casa. Só pode, pois mesmo querendo muito ficar em casa num sábado à noite não há vontade que resista a 10 voltas à grelha de programação sem encontrar nada que me prenda. Assim sendo fui ao armário buscar o meu vestido preto que me dá um pouco acima do joelho e que o decote é no mínimo provocador; sapatinho de salto alto; maquilhagem e o meu perfume; estava pronta para me ir divertir.
Foi ate à discoteca, ainda era cedo, a pista ainda não estava aberta. Foi sentar-me numa mesa com bancos altos que havia a um canto para começar a sentir o ambiente. numa passagem rápida com os olhos o meu olhar cruzou-se com o de alguém que me cativou, não por ser um deus grego, mas pelo seu charme, o seu olhar. Continuei a ver as vistas, mas de cada vez que o olhava ele estava a olhar para mim a sorrir. Ele foi-se aproximando até chegar junto da minha mesa, abriu um sorriso e apresentou-se. Assim fiquei a saber que aquele charmoso se chamava Marcos e era um italiano que se apaixonou por Portugal à vários anos, e depois de o convidar a sentar-se comigo fiquem a saber mais umas coisinhas. Quando a pista abriu ele levantou-se e como já não se vê, esticou a mão e convidou-me para dançar. Esta noite prometia...
Fomos para a pista, as nossa mãos começaram a tocar-se, com a musica alta para nos ouvirmos tinha de ser a falar ao ouvido, sentia-se a respiração do outro e uma coisa puxa outra e...
De repende, aparece tu, vindo do nada, puxas-me e começas perguntar o que estava ali a fazer se tinha dito que ia ter com umas amigas. Fiquei estupefacta a olhar para ti e a perguntar-me o que te tinha dado pois eu não estava a perceber nada, até que olho em volta para procurar o Marcos e este tinha-se evaporado, não estava em lado nenhum. Olho novamente para ti e tu com a maior desfaçatez e com um sorriso de menino reguila que tinha conseguido o que queria viras-te para mim:
- Pelo que vejo a senhora está livre, quer dançar? - dito isto, agarras-me pela cintura e puxas-me para ti, mexes-te ao ritmo da musica fazendo o meu corpo seguir o teu e ainda sussurras ao meu ouvido: - garanto-te uma noite melhor do que a que ias ter com maricas que fugiu a correr.
Só me apetecia bater-te, mas ao mesmo tempo estava a achar imensa piada à forma que tinhas arranjado para me conseguires. E só por isso não levaste um estalo daquele que até fazem girar.
Ficamos por ali mais um tempo a dançar, mas tu estavas com pressa de sair dali. Mas agora era a vez da minha pequena vingança. Dancei para ti da forma mais sedutora que consegui e quando me virei de costas para ti de me encostei ao teu corpo mexendo a anca senti porque querias tanto sair dali. Nesse momento agarraste na minha mão e levaste-me para fora dali a correr. Só deixaste a minha mão quando chegamos junto do teu carro que estava nas traseiras num rua pouco iluminada, e só deixaste a mão para agarrares o corpo todo, encostaste-me ao carro e beijaste-me pela primeira vez nessa noite, beijaste-me com tanta intensidade que não dava nem para pensar, apenas para corresponder. Eu sentia as tuas mãos, pelo meu corpo. Uma subia pela minha perna por baixo de vestido, a outra acariciava os meus seios... Ouvimos um carro começar a trabalhar mesmo ao nosso lado. Estávamos tão fora de nos que nem tínhamos ouvido ninguém a chegar ao carro ou será que quando ali chegamos já estava alguém no carro?
Abriste a porta do carro para eu entrar e correste para o lado do condutor: - vamos para outro sitio. Deste-me um beijo ardente e puseste o carro a trabalhar para sairmos dali depressa.
Pelo caminho sentia a tua mão na minha perna e por ai a cima, inclinei-me para ti e deslizei a minha mão pelo teu peito, passei pela cintura e ao chegar mais a baixo senti o tamanho da tua pressa.
Pouco tempo depois paraste o carro em frente a um hotel onde já tínhamos ido algumas vezes. O recepcionista já te conhecia e deu-te logo uma chave. Voltaste a dar-me a mão e fomos na direcção do elevador. Mal as portas deste se fecharam senti novamente a pressão do teu corpo contra o meu,o elevador parou mas nós não parávamos e fomos dali até ao quarto agarrados um ao outro.
Assim que entramos no quarto e conseguimos finalmente ficar sozinhos olhamos-nos nos olhos com tanta intensidade que parecia que nunca tínhamos estado juntos. Caímos os dois cama, sentei-me em cima de ti e beijei-te muito, sentia-te a explodir dentro das calças e desapertei-tas enquanto me tiravas o vestido. Estávamos tão sedentos de prazer que quando nos fundimos tivemos de respirar fundo como se o prazer que estávamos a sentir não nos deixasse respirar. Os nossos corpos conhecem-se bem e sabem como dar prazer ao outro e isso torna a a nossa noite ainda mais intensa. Os meus gemidos são abafados pelos teus beijos, paras de me beijar e olhas-me nos olhos, eu conheço esse olhar e intensifico os meus movimentos, atingimos a prazer máximo juntos. Deito-me no teu peito e ali ficamos a conversar um pouco e a beijar outro tanto. Quando eu ia para me levantar agarras-me contra ti e perguntas onde eu penso que vou. - Vou vestir-me para me ir embora.
- Não vais não, esqueceste que te prometi uma noite melhor do que a que ias ter com o fugitivo?- nisto viras-me e ficas sobre mim, começas novamente a beijar-me com ardor e malícia, sinto a tua mão a acariciar a minha perna, a deslizar para o interior da minha coxa e a chegar lá. Beijas-me o pescoço mordes-me a orelha e sussurras ao meu ouvido, deixas-me louca e começa novamente a dança dos nossos corpos juntos... depois de mais uma sessão de prazer adormecemos nos braços um do outros. Acordo com beijos teus no meu ombro, não dizes uma palavra e indicas-me um pequeno almoço fantástico ao fundo da cama...
E assim acabou a minha noite de sábado... Ou melhor: e assim começou a minha manha de domingo...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Fogo...



É quase meia noite, só agora consegui sair do trabalho. Está uma noite escura e fria mas apesar de tudo isto não me apetece ir para casa, mas também não vou ligar-te. Vou arriscar e bater à tua porta. O mais que pode acontecer é não estares ou estares acompanhado. Minutos depois estava à tua porta e bati.

Abres a porta, olhas para mim, passas a mão pela minha cintura, puxas-me para ti e beijas-me.
-Estás com um ar um pouco cansado, acho que sei o que tu precisas.- dito isto, pegas na minha mão, encaminhas-me para a sala onde a lareira está acesa. Indicas-me o sofá- Volto já!
Tiro o casaco e sento-me a olhar as chamas. Voltas com 2 copos e uma garrafa de vinho, servindo-nos de seguida. Sentas-te não a meu lado mas sim no chão encostado ao sofá. Desci para junto de ti, encostando-me ao teu peito, passaste o braço por trás de mim e ali ficamos a conversar e a beber o nosso vinho. Estava a saber muito bem estar ali a sentir os teus dedos a entrelaçarem no meu cabelo, a tua mão a descer pela nuca, a passear pelo braço e a desapertar um botão da minha blusa e depois mais outro. Senti a tua mão a brincar nos meus seios ao mesmo tempo que me beijavas a nuca. E se tu sabes como eu fico quando me beijas na nuca, continuas a conversar comigo como se nada se passasse. Finges que os teus dedos a passearem nos meus seio não me estam a excitar, finges não notar que a minha respiração está a ficar alterada, até que não consigo mais concentrar-me na nossa conversa e já nem me lembro da ultima coisa que perguntaste. Ai pegas no meu copo e coloca-lo de lado, ao lado do teu. Acabaste de desapertar a blusa que não ofereceu resistência ao deslizar pelos meus ombros abaixo. Desvias-te ligeiramente para me deitares sobre o tapete, deitaste sobre mim beijando-me suavemente os olhos, o nariz, a face, o queixo, até que me deixas perder-me nos teus lábios tentadores. Ao mesmo tempo que me beijas tuas mãos não param e quando dou conta a minha roupa já não está em mim e a tua também não. Tudo o que existe naquele momento são os nossos corpo loucos de paixão a desejarem-se um ao outro e a saciarem esse desejo na fonte do prazer. Quando vens para me beijar o pescoço, dou uma mordidinha na tua orelha, enfraquecendo a tua concentração e viro-te no tapete ficando tu à mercê das minhas vontades. Sinto tuas mãos percorrem todo o meu corpo, sinto-as a prenderem minha cintura para tentares controlar a dança. Mas tuas intenções saem falhadas pois agarro-te nas mãos e seguro-tas perto da cabeça e enquanto tu tentas acelerar, eu vou pondo-te travões, quem comanda esta dança agora sou eu. E eu adoro ver as tuas expressões de quem quer chegar rápido, mas ao mesmo tempo está a adorar ir a ver as paisagens. Depois de te deixar bem louco, solto-te as mãos e ai não tenho como te controlar, não tenho como nos controlar e todo em nós é brasa, é chama, é fogo, e explodimos de prazer.
Deixamos-nos ali ficar abraçados a ver o outro fogo, o da lareira a estalar como se também ele estivesse numa dança de prazer com a chama como bailarina...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Relaxar acompanhada...




Depois de algum tempo sem nos vermos e sem dizermos nada um ao outro fiquei surpreendida quando hoje o meu telemóvel começou a tocar e eras tu. Quando atendi e ouvi a tua voz alguma coisa estava diferente, ou talvez não, se calhar por não saber nada de ti à algum tempo. Perguntaste se me podias ir buscar ao trabalho para irmos dar uma volta.
-Não, hoje não. Estou muito cansada, tudo o que eu quero fazer quando sair do trabalho é ir para casa, tomar um banho relaxante e deitar-me.
Pareceste ficar um pouco triste mas hoje não dava mesmo. Fica para uma próxima, um dia que eu tenha as baterias carregadas.

E assim fiz. Mal sai do trabalho fui para casa e quando abro a porta vem um cheirinho bom e doce e tinha velhas a formar um corredor e no meio desse corredor la estava tu. chegas ao pé de mim e quando eu ia começar a fazer perguntar encostas o teu dedo aos teus lábios e depois nos meus como que a dizer que nenhum de nós tem de dizer nada. Decidi entrar no jogo. Ajudaste-me a tirar o casaco, deitaste a minha mala para um canto e pegaste na minha mão levaste-me pelo corredor de velas que ia dar á minha casa de banho. Quando abres a porta vejo que toda a divisão estava iluminada com mais velas e com uma nuvem de vapor. A banheira estava cheia, coberta com espuma e pétalas vermelhas. Beijaste-me ao de leve a ajudaste-me a despir e fizeste sinal com a mão a indicar-me a banheira. Sentaste-te no chão a meu lado e ficaste a observar-me e a brincar com a espuma. Ficamos naquele silencio o tempo suficiente para eu relaxar. Mas quem é que resiste a um clima destes. Fiz-te sinal com o dedo para vires ter comigo. Afinal com uma banheira tão grande para quê ficares do lado de fora. Sem quebrar o silencio sorriste para mim tiraste a roupa e vieste fazer-me companhia. Enroscamos um no outro, começamos-nos a beijar e a acariciar e quando demos conta já pertenciamos um ao outro. Nossos corpos já se possuíam. Nossas mãos percorriam cada centímetro do corpo do outro. E a única coisa que quebrou o silencio daquele momento foi os nossos gemidos de prazer, pois esses não dão para calar...
Saímos dali para o quarto que tinha a mesma decoração, deitamos em cima da cama agarrados um ao outro e ali ficamos algum tempo a curtirmos-nos um ao outro até que não resisti a perguntar-te como conseguiste entrar em minha casa ao que tu respondeste que alguém que tinha dito que ter a copia das chaves da casa de alguém pode um dia dar jeito...

domingo, 7 de setembro de 2008

Sábado à noite...


É sábado à noite e apesar de várias pessoas terem tentado convencer-me a sair, hoje é daqueles dias que não estava para aturar ninguém. Mas a noite está tão quente que não dá para ficar em casa. E eu também não disse que não queria sair, apenas não me apetece aturar ninguém.
Resolvi sair sozinha. Fui até um bar perto da praia, mas também dentro do bar estava um calor que não se podia. Peguei no meu copo e fui caminhar na areia. Como sabe bem andar descalça na areia fresca. Provavelmente o único lugar fresco esta noite seria aquele.
Ia distraída com os meus pensamentos e concentrada no barulho das ondas que nem dei por ninguém se aproximar. Por isso quando oiço alguém a falar assustei-me. Depois de recomposta do susto e de quase te bater, perguntei-te o que tinhas dito.
- Perguntei-te o que fazes aqui sozinha?
- Não estou sozinha.- respondi eu e levantei o copo que trazia na mão.
- E eu posso juntar-me a ti e ao teu copo?
Sorri- Só se não fizeres muito barulho.
- Bem, o teu mau feitio hoje está mais apurado que nos outros dias- dizes tu também a sorrir.
Começamos a nossa caminhada a dois mas em silencio, mas tu não´és de estar muito tempo calado.
-Já tinha perguntado por ti à Maria!
Apenas olho para ti.
-Ela diz que te ligou mas que tu disseste que hoje não ias sair. Por isso achei estranho ver-te ali, no bar, sozinha.
-Estavas no bar?
-Sim. Eu, a Maria e os outros.
-Eles viram-me?
-Não. Só eu. Mas como achei estranho estares sozinha e saíres logo do bar mal chegaste, dei uma desculpa e sai atrás de ti, sem dizer que te vi.
-Isso quer dizer que está a seguir-me desde o bar?
-Sim. Olha e vais dizer-me porque andas sozinha e não quiseste sair connosco?
-Como tu próprio disseste o meu mau feitio hoje está apurado e não queria aturar ninguém.
-Posso ir embora...
-Ou podes tentar mandar embora o meu mau feitio.- respondi eu já com uma voz mais doce.
Continuamos a nossa conversa ao longo da praia, iluminados apenas pela lua e pelas estrelas. Quando demos conta estávamos no fim da praia. Olhamos para trás e não se via nada nem ninguém. E as luzes do bar estavam tão longe que mal se percebiam.
Optamos por sentar um pouco a olhar o mar. Não nos apetecia voltar para a confusão.
Sentamos-nos um junto ao outro. Sinto a tua mão na minha cintura. Olhamos-nos nos olhos e vemos em cada um aquele fogo que tão bem conhecemos.
Deitas-me na areia e inclinaste sobre mim, beijando-me. Sinto tuas mãos a desapertarem a minha camisa. Tuas mãos tocam minha pele causando-me um arrepio, não de frio, mas sim de desejo. Tiro-te a camisola. Os nossos beijos são ardentes, molhados, de tirar o folgo... O contacto dos nossos corpos um com o outro ateia ainda mais a chama do desejo. Desejamos-nos, possuímos-nos, entregamos-nos um ao outro sem barreiras. Saciado o desejo, nossos corpos mantêm-se juntos, mantendo-se aquecidos. Acho até que adormecemos por breves instantes. mas a brisa do mar não nos deixa ficar assim por muito tempo, e temos de nos vestir e começar a caminhar para não gelarmos. Mas entre um passo e outro lá íamos aquecendo também com um beijo. Já mais perto da zona do bar, despedimos-nos. Eu fiquei ali de frente para o mar mais um pouco, até resolver ir para casa.
Afinal mesmo quando estamos com mau feitio e não nos apetece aturar ninguém, não precisamos de nos fecharmos em casa, pois há sempre coisas que sabem muito bem. Exemplos: um bom amigo, que sabe ouvir o silencio; uma praia sossegada, com areia fresca; e uns bons momentos de sexo. Quem como eu, conseguir juntar tudo isto, não há mau feitio que resista...

terça-feira, 15 de julho de 2008

Jogo de Mensagens!



À algum tempo atrás consegui ficar com uma copia da chave da tua casa sem tu te dares conta, e sabia que um dia me podia vir a fazer jeito.

Liguei-te para saber se tinhas planos para logo à noite e como quem não quer a coisa, perguntei se tinhas o dia muito ocupado porque eu estava a precisar de companhia para ir às compras. Mentira! Eu só queria saber se não ias estar em casa e por onde ias andar, para ter tempo de preparar o que me ia na cabeça. Para a noite não tinhas planos e podíamos estar juntos, mas já ias chegar tarde a casa porque tinhas muita coisa para fazer no trabalho. Era o que eu precisava de ouvir!

À tarde foi a tua casa e comecei a preparar o jogo de logo à noite: "jogo de mensagens".
Logo no móvel da entrada onde costumas deixar as chaves deixei a chave que usei e a primeira mensagem: "Usei as tuas chaves e entrei em tua casa. Sei que ao final da noite vou estar desculpada! Vai até à sala!". Na sala, em cima da mesa deixei a seguinte mensagem: " Liga o DVD e põe a tocar o CD que está lá dentro"; junto ao DVD deixei um isqueiro e a mensagem: " Vai ao teu quarto, leva o isqueiro e usa-o"; no teu quarto tinha deixado velas espalhadas por todo o lado. No canto do quarto, na mesa-de-cabeceira onde estavam as últimas velas, nova mensagem: "Debaixo da cama está uma caixa com o que eu vou usar esta noite". No sítio indicado coloquei uma caixa e lá dentro apenas uma mensagem: " Não, eu não me esqueci, a caixa está mesmo vazia. Mas continuo a dizer que aqui dentro está tudo que tenciono usar esta noite. Vai ao teu PC e liga o monitor". No ecrã a mensagem: "provavelmente já me tentaste ligar e dava desligado. Pois! Então tenta este número: 999 999 999!".
Quando ligares este número sei que vais pensar que é para mim que estás a ligar, mas não. Do outro lado vai estar uma pessoa que te vai dar uma última mensagem: "Apague as luzes, espere 5 minutos e vá abrir a porta!"

Jogo preparado. Agora é esperar que aceites jogar!
Chegou a altura de me ir preparar a mim própria, mas antes ligo-te:
- Olá lindo! Tudo bem?
- Tudo.
- É só para confirmar a nossa noite?
- Está confirmado. Ainda estou no trabalho, mas mais uma hora e vou para casa. Quando lá chegar ligo-te para ires lá ter.
- Então até logo! - Digo eu com um sorriso na voz.
Tenho cerca de uma hora para tomar banho, passar creme e no final passar pó brilhante pelo corpo para reflectir com a luz das velas. Depois do pó apenas um casaco leve que dá pelo joelho e que fechado até parece um vestido.
Pego no carro e vou até perto da tua casa. Suficientemente perto para te ver chegar, suficientemente longe para não me veres. Vejo-te chegar. Trazes algumas coisas na mão, entras e logo de seguida as luzes acendem-se. Algum tempo depois as luzes apagam-se. É o sinal que eu esperava. Levo o carro para mais perto da tua casa, saiu e vou até à tua porta. Mas em vez de estares á porta, a porta está entreaberta tem uma mensagem colada: " segue as pétalas". Abro a porta, ouço a música, no chão pétalas de rosas espalhadas a formarem um trilho que vai sendo iluminado por velas. Fecho a porta e sigo as pétalas que me levam à porta do teu quarto, que está fechada. Na porta uma mensagem: "Abre, estou á tua espera". Abro a porta e lá estás tu, iluminado pela luz das velas, sentado no teu puff, virado para mim, com um sorriso de quem adora ser surpreendido, mas que também adora surpreender. Levantaste e vens ter comigo. Mal chegas ao pé de mim beijas-me, começas a desapertar o meu casaco e sussurras-me: "deixa ver se a caixa não me mentiu". Abres o meu casaco, passas as mãos pelos meus ombros e deixas cair o casaco a meus pés.
-Hummmm. Confirma-se!
A partir desse momento cabe aos nossos corpos aproveitar tudo o que as nossas mentes prepararam.
Puxas-me para ti e beijas-me intensamente. Minhas mãos explosão a tua roupa do teu corpo para poderem passear livremente pela tua pele. Sinto-te a tua excitação e lanço-te um olhar predador. Empurro-te até à cama, faço-te cair, caindo eu ao teu lado. Beijas meu pescoço. Sinto o teu desejo na tua respiração. Tua mão desliza até ao mais íntimo de mim e fazes o meu desejo aumentar ainda mais. Inundamos o outro com beijos e carícias até que não conseguimos controlar mais o desejo de nos possuirmos.
Nossos corpos fundem-se e todo um dia de preparativos fica resumido num único momento. O momento em que nossos corpos se desejam e se possuem. Meu corpo arqueia-se ao encontro do teu, sôfrego de te sentir. Nossos olhares reflectem o prazer que estamos a ter chega uma altura em que não nos conseguimos controlar mais e deixamo-nos levar pelo imenso prazer que estamos a sentir.

Por algum tempo nenhum de nós diz nada. Apenas observamos o ambiente à nossa volta, sorrimos e beijamo-nos. Depois pedes-me para fechar os olhos e esperar. Sinto-te a levantar da cama, ouço uma gaveta a abrir e depois a fechar. Estás novamente na cama a meu lado. Pedes para continuar de olhos fechados. Começo a sentir algo muito suave a passear primeiro pelo meu corpo, depois pelo meu rosto. Dizes-me para abrir os olhos. Era uma única e linda rosa. Igual aos nossos momentos a dois: únicos e lindos. Mas assim como a frescura da rosa, esses momentos também são efémeros e um dia acabam...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Vem visitar-me mais vezes!



Esta noite vieste fazer-me uma visita.
Não avisaste que vinhas, nem esperaste para ser convidado. Simplesmente entraste em meu quarto, deitaste-te em minha cama com jeitinho, quase como que um intruso que não quer ser descoberto. Mas tu não és um intruso qualquer e logo te fizeste notar, quando te foste chegando ao meu corpo e comecei a sentir o teu calor. Senti tuas mãos percorrerem meu corpo, tua respiração no meu pescoço. Virei-me e fiquei a olhar-te. No escuro eras apenas um vulto, mas apenas as tuas mãos me tocam daquela maneira e apenas as tuas caricias fazem meu corpo vibrar daquela maneira. Teus lábios vieram ao encontro dos meus e sentir o calor dos teus beijos fez o meu corpo vibrar ainda mais. Não sei o que aconteceu, pois não me lembro de nenhum de nós ter tirado a roupa, mas o que é certo é que nossas mãos percorriam o corpo um do outro sem qualquer impedimento. E nossa pele roçava uma na outra. O teu cheiro ludibriava os meus sentidos e não consigo pensar em mais nada a não ser naquele momento, e até mesmo isso acho que não era eu a pensar mas sim o meu corpo a comandar.
Sinto os teus lábios por todo o meu corpo, tuas mãos percorrem minhas pernas, minha barriga, meu peito e meus cabelos. Sinto-me cada vez mais desejada e desejo cada vez mais. Minhas mãos deslizam pelas tuas costas aproveitando para te puxar para mim, para te sentir ainda mais perto. E esse mais perto é fazeres-me tua, possuíres meu corpo. Nossos corpos fundem-se continuando o jogo do prazer que começamos quando cá chegaste. Mas este jogo é intenso, vibrante, quente. É um jogo onde os dois torcemos pelo mesmo resultado. Torcemos pela vitória do desejo, do êxtase, do prazer.
E mais uma vez ganhamos os dois, pois tivemos mais uma vez a oportunidade de dar e receber prazer...

Toca o despertador. Afinal esta visita foi apenas em sonho. Mas foi um sonho tão intenso que o que posso dizer é apenas e só:
« Vem visitar-me mais vezes!!!»